Em entrevista ao programa CNN Esportes S/A, o presidente do São Paulo, Julio Casares, falou sobre os atrasos salariais no elenco tricolor.
"Temos hoje CLT em dia (…) O contrato de jogador, em grande maioria, é 70% CLT e 30% direito de imagem. O direito de imagem, nós conversamos com atletas que podemos atrasar dois e, depois, paga um e fica um. É uma conta corrente".
Casares também relembrou da demissão de Rogério Ceni, depois de 18 meses de trabalho como técnico, em abril deste ano.
"Não foi fácil (…) Eu procuro não interromper trabalho, mas, quando você sente que é necessário para a preservação do time e até do profissional, você faz isso de forma clara", disse Casares.
"Eu falei 'Rogério, nós temos que conversar de forma adulta. Você é um grande técnico, um grande profissional, e as portas vão estar sempre abertas pra você, mas nesse momento urge uma mudança'. Não teve nenhum problema entre nós, é um cara que admiro muito. Ainda falei pra ele 'você vai dar trabalho pra gente quando assumir o próximo clube'. Falam 'não contrate quem você não consegue demitir'. Isso é para os fracos. Você tem que contratar e saber demitir".
O dirigente do clube analisou o desempenho do clube após os anos 90. "Eu acredito que dali em diante, não digo que o São Paulo se conformou com o ambiente da vitória em que se pode cometer erros, mas o time achava ainda que estava distante dos demais e deixou de olhar um pouco pra frente. Faltou um olhar para o futuro.”